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Resenha "Blackbird" - Alter Bridge
Em 2007 foi lançado o segundo álbum da banda Alter Bridge. “Blackbird” é um trabalho totalmente diferente de seu antecessor, o bom “One Day Remains”, conseguindo finalmente se livrar das influências do finado Creed.
A banda
Para quem não os conhece, o Alter Bridge é uma banda que surgiu após o fim do Creed em 2004. Formada por Mark Tremonti (guitarra), John Marshall (baixo), Scott Phillips (bateria) e Myles Kennedy (guitarra/vocal) - sim, o vocalista da banda que acompanha o Slash, The Cospirators -, a banda faz um mix de metal e grounge de forma muito eficiente. Com belas melodias e letras, a banda cresceu muito desde seu debut e é, com certeza, um dos melhores grupos surgidos nos anos 2000.
O álbum
“Blackbird” foi lançado em 2008, alcançando a posição #13 na Billboard 200, sendo um trabalho mais coeso do que o anterior.
"Ties That Bind" abre o disco com uma grandeza impressionante. É uma música pesada, rápida e cheia de riffs, lembrando muito as músicas de Hard Rock. Grande destaque para a bateria e o solo final.
“Come to Life” é mais puxado para o Hard Rock. Mantendo o peso da faixa anterior, essa música é super empolgante nos dá uma aula de como a distorção deve ser utilizada numa guitarra. O trabalho de Tremonti aqui, e em todo o álbum, é incrível.
“Brand New Start” começa bem tranquila, dando uma quebrada na vibe em que vinha o disco. Aqui o vocal de Kennedy começa a se destacar. Sua técnica vocal e sua pegada no violão/guitarra são únicas e inconfundíveis. Mesmo em uma canção de Metal ele consegue impor melodias incríveis.
“Buried Alive” começa com um belo riff e segue alternando outros com power-chords ao longo da música. Ainda conta com um ótimo solo. É uma faixa com uma letra bem sombria, falando sobre alguém que se sente enterrado ainda enquanto vivo. Ótima.
“Coming Home” é a mais tranquila dentre as faixas de Metal, se assim posso dizer. Os destaques são a bateria e os vocais.
“Before Tomorrow Comes” é uma excelente faixa e lembra bastante o trabalho do Myles Kennedy com o Slash. Aqui Tremonti aparece muito bem nos backings, lembrando um pouco o trabalho de Todd Kerns.
“Rise Today” é a mais hard rock do álbum. Com certeza faria sucesso na virada dos anos 80’/90’. Mais um solo excelente.
“Blackbird” é o grande clássico do álbum e da banda. A música começa tranquila e vai crescendo até culminar num refrão grandioso. Nessa música Myles e Mark dividem as guitarras ao longo da música (é possível ver nas versões ao vivo), o que acabou por criar um solo muito, muito bom.
“One by One” é a mais simples do álbum, mas mesmo assim boa. Lembra um pouco “Buried Alive”.
“Watch Over You” é a balada do disco e também um dos clássicos da banda. Ao vivo costuma ser tocada em voz e violão, o que a torna ainda mais bela. A letra fala sobre alguém que tenta ajudar outra pessoa que não ama a si mesma. Kennedy se destaca mais uma vez devido a sua técnica vocal. Com certeza sua voz se encaixa melhor nesse tipo de balada. Linda.
“Break Me Down”, segundo alguns críticos, é uma sobra do Creed. Realmente lembra bastante, no entanto ainda assim é uma boa música. Bem fácil de ser ouvida, mesmo para aqueles que não gostam do som da banda.
“White Knuckles” volta ao peso das primeiras faixas. Não tem um refrão tão grudento quanto as outras, o que a deixa um pouco escondida no álbum, uma pena. Ela tem uma cozinha muito boa e linhas de guitarra excelentes..... mais uma vez.
“Wayward One” finaliza o disco de forma grandiosa. Começa tranquila e vai ficando agressiva ao longo de seus 4 minutos. Com certeza fechou o disco com chave de ouro.
Blackbird é um álbum incrível e um dos melhores lançamentos da década passada. Ele se tornou um clássico do Rock moderno e se perpetuará assim durante muito tempo. Extremamente técnico e sombrio, esse disco foi uma grata surpresa e um tapa na cara de quem achou que o Alter Bridge era um Creed 2.0.
Não podemos elencar quem foi o “grande destaque”, pois todos os membros estiveram muito bem em todo o trabalho.
Gravadora: Universal Republic
Ano: 2007
Preço: R$ 69,88 (importado) na CD Point.
Membros: Myles Kennedy, John Marshall, Scott Phillips e Mark Tremonti